1. CONCEITOS MUSICAIS
1.1. TEMPERAMENTO: "arredondamento" de sustenidos e bemóis - uma oitava fica dividida em 12 notas separadas por intervalos absolutamente iguais (de meio tom).
Escala maior segundo várias "afinações": pitagórica (Idade Média), ptolomaica (séc. XV), temperamento mesotónico (séc. XVI), bom temperamento (séc. XVIII) e temperamento igual (em http://to-campos.planetaclix.pt/harmon/escalas.mid)
1.2. MODOS MAIORES (ex.: escala de Dó a dó) e MENORES (ex.: escala de Lá a lá): distingue-os a posição das notas separadas por apenas meio tom.
A
verde o modelo dos
modos maiores e a
vermelho o modelo dos
modos menores: os três pontos marcam a localização dos meios tons (a
verde para o
modo maior, a
vermelho para o
menor)
1.3. TONALIDADE
1.3.1. Dó Maior: só se utilizam as "teclas brancas" do piano. MAS: igual a Lá menor?
1.3.2. Diferem na HIERARQUIZAÇÃO das notas:
Dó Maior dá maior importância ao Sol e ao Dó.
Lá Menor dá maior importância ao Mi e ao Lá.
São a DOMINANTE (5º grau da escala) e a TÓNICA (1º grau).
As escalas de Dó Maior, Lá menor e Lá Maior, seguidas da melodia da canção de Natal
Stille Nacht de Franz Gruber.
Servem os exemplos para: distinguir o carácter sonoro próprio dos modos maiores / menores; ouvir a "adaptação" da escala de Lá ("naturalmente" menor) ao modo maior (pela subida de meio tom de todos os Fá, Dó e Sol, que se tornam, portanto, sustenidos); aplicar os conceitos de hierararquia, seguindo a dominante e a tónica, numa melodia em Dó Maior. Tónica (a
verde) e dominante (a
vermelho) estão marcadas na partitura seguinte (
Stille Nacht / Noite Feliz).
Pauta e interpretação sonora das escalas e da canção utilizam o programa gratuito
NotePad, da
Finale, que permite escrever música, imprimi-la e ouvi-la: o Projecto
Gutenberg possui partituras que é possível importar e, depois, ouvir com o
NotePad, enquanto se segue a escrita musical.
1.4. CONSONÂNCIA (que soa "agradável") e DISSONÂNCIA (que soa "mal").
1.5. MELODIA (progressão DIACRÓNICA) e HARMONIA (apresentação SINCRÓNICA dos sons): HORIZONTAL (melodia) e VERTICAL (harmonia).
B. Deyries, D. Lemery, M. Sadler,
História da Música em Banda Desenhada, Mem Martins, Terramar, s.d. (clicar na imagem aumenta-lhe as dimensões)
2. DODECAFONISMO (ou SERIALISMO)
2.1. ATONALIDADE: abandono dos sistemas tonais - é difícil, ou impossível, dizer em que tonalidade (Dó Maior, por exemplo) está uma composição musical, ou uma passagem dessa composição.
2.1.2. Pode atingir-se a atonalidade através da utilização do CROMATISMO, da POLITONALIDADE, dos
MODOS ARCAICOS, etc.
2.2. DODECAFONISMO: a NÃO REPETIÇÃO de nenhuma nota, antes da apresentação de todas as diferentes DOZE NOTAS admitidas (herdadas das escalas temperadas).
2.2.1. Resulta na TOTAL IGUALDADE dos doze tons: abandono da hierarquização.
2.3. "ABSTRACÇÃO" E DODECAFONISMO
2.3.1. CORTE COM O PASSADO.
2.3.2. REORGANIZAÇÃO DO MATERIAL sonoro, segundo nova categorização.
2.3.3. Dificuldade em RECONHECER.
2.3.4. Tendência para a DESCONTINUIDADE (dificuldade do auditor em antecipar, perda do centro tonal, etc. - por exemplo, a utilização da
klangfarbenmelodie).
2.3.5. DESIERARQUIZAÇÃO.
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